Fake News
O que são Fake News?
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Fake News são notícias falsas divulgadas principalmente nas redes sociais. Os boatos têm informações irreais que apelam para o emocional do leitor/espectador.
Fake News são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas).
Como funcionam as fake news?
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Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.
No entanto, além da finalidade puramente comercial, as fake news podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.
É isso o que acontece, por exemplo, durante períodos eleitorais, nos quais empresas especializadas criam boatos, que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários. O Departamento de Justiça Americano denunciou três agências russas, afirmando que elas teriam espalhado informações falsas na internet e influenciarem as eleições norte-americanas de 2016.
Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.
Como combater as fake news?
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Para as autoridades, identificar e punir os autores de boatos na rede é uma tarefa muito difícil. No caso de alguns países, a legislação prevê punição para esse tipo de crime não fala sobre internet, cita apenas rádio e televisão.
Alguns sites de fake news usam endereços e layouts parecidos com os de grandes portais de notícias, induzindo o internauta a pensar que são páginas de credibilidade. Por isso, todo cuidado é pouco na internet.
A maneira mais efetiva de diminuir os impactos das fake news é cada cidadão fazer sua parte, compartilhando apenas aquilo que tem certeza de que é verdade. O ideal é duvidar sempre e procurar informações em outros veículos, especialmente nos conhecidos como grande midia. Existem agências especializadas para se as notícias são suspeitas ou boatos, as chamadas fact-checking. Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para ver informações.
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Qual a diferença entre 'fake news' e notícias erradas?
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As notícias erradas são resultado de um erro ou uma inexatidão não intencional da parte de um jornalista, enquanto as 'fake news' são informações falsificadas com fins políticos, económicos ou outros.
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Como se propagam?
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Através das redes sociais, Twitter, Facebook ou por aplicações mais fechadas como o Whatsapp. Há 'sites' dedicados a noticias falsas, sediados em países europeus, mas com o ip registado no Texas, por exemplo, de onde partiram centenas de notícias manipuladas. Em alguns casos, esses 'sites' têm uma aparência e siglas idênticas aos dos 'media' reais.
Como se conseguem identificar as 'fake news'?
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O Facebook tem uma espécie de guia, em 10 passos, que ajuda a identificar notícias falsas durante um período eleitoral. Os conselhos passam por desconfiar de manchetes muito apelativas, verificar a fonte da "notícia" ou por procurar reportagens sobre o mesmo tema e culmina com o apelo para o leitor pensar "de forma crítica" o que se lê, seja em 'sites' ou nas redes sociais.
O que está a ser feito para combater o fenómeno?
Na sequência do escândalo da Cambridge Analytical, que utilizou uma aplicação para recolher dados de milhares de utilizadores do Facebook, o Reino Unido multou a empresa fundada por Mark Zuckerberg em 500 mil libras (560 mil euros), trazendo o problema da manipulação para a agenda política e mediática.
Na Europa, foram anunciadas, nos últimos meses, uma série de iniciativas. Em 25 de outubro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que apela aos Estados-membros da União Europeia (UE) a "adaptarem as regras eleitorais às campanhas em linha ('on-line'), como as regras relativas à transparência sobre o financiamento, os períodos de reflexão, o papel dos meios de comunicação social e a desinformação".
A Comissão Europeia também dinamizou um código de boas práticas. em vigor desde outubro, que prevê um acordo com várias plataformas eletrónicas.
Em Portugal, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) está a preparar iniciativas-piloto com o centro Nacional de Ciber segurança (CNCS) para tentar minimizar o fenómeno das "fake news" nas eleições europeias e legislativas de 2019, em Portugal. E o parlamento está também empenhado em lançar o debate sobre o tema.